Estou tão feliz por ter a minha mãe na minha vida. Ela é mesmo importante para mim. Sempre me apoiou a mim e ao Tom, assim como na música.
Ela até já fez de motorista a levar-nos aos concertos. Era fixe, mas também haviam regras e restrições de casa a cumprir. Mas não que isso fosse mau.
As coisas ficaram mais difíceis quando os nossos pais se divorciaram. Tínhamos seis anos nessa altura. Foi um sentimento estranho poder pensar que o nosso pai não ia mais viver connosco desde aquele momento. Foi algo terrível na altura. Mas hoje eu não tenho mais nenhum problema com isso, percebo muito melhor. Era muito pior se os pais ficassem juntos só por causa dos filhos.
Entre a nossa mãe e nós sempre houve um bom relacionamento.
Uma vez que ela estava mesmo zangada e desiludida connosco, foi numa reunião de pais, na escola. Todos os pais reclamaram sobre nós. Queriam tirar os filhos da turma por nossa causa. A minha mãe não ficou contente com isso, claro. Mas os pais das outras crianças nunca tinham ido muito connosco.
Fomos autorizados a ficar fora até muito mais tarde à noite. Isso foi mesmo fixe. Eu, no entanto nunca tirei muito proveito disso, nunca cheguei a casa totalmente bêbedo nem fiz figuras à frente da minha mãe.
Pessoas que também sempre gostaram de nós foram os nossos avós. E a avó e o avô são os nossos maiores fãs. Eles vêem tudo o que é mostrado na TV sobre nós e compram as revistas todas. Nós podemos sempre depender deles.
Na escola, era uma situação diferente. O Tom e eu só tínhamos um melhor amigo: Andreas. Eu nunca quis gastar muito tempo com as outras pessoas. Eram todos burros armados em espertos e graxistas (lambe-botas). Além do que diziam sempre que andava com a cabeça nas nuvens.
Nunca me importei muito e hoje muito menos. Eu sempre tive um único hobby: a música. E que se mantém até hoje. Quando tenho tempo livre, deito-me a ver televisão no sofá ou vou a uma festa. Eu já tentei andar de cavalo, embora tenha um terrível medo de cavalos. Por sorte nada aconteceu comigo. Eu ainda não tive nenhuma lesão muito grave. Só que sempre andei nos hospitais. Nada de mais: uma vez um mosquito mordeu-me no ouvido. Como sou alérgico a mosquitos fiquei lá internado. O Tom ia me ver todos os dias. Ele é realmente querido, na sua maneira. A única coisa que eu realmente não gosto nele, é o comportamento machista. Ok e o estilo também não é a minha onda. Mas o que importa é que ele gosta. Nós sempre fizemos o que nos agradava.
Eu estou mesmo surpreendido com a reviravolta que a nossa vida deu, toda esta mudança. Mas está a ser muito divertido! No entanto há um esforço muito maior do que tinha pensado. Toda a gente pensa que quando se é famoso tudo é fácil e aparece de mão beijada. Isso não é verdade. Temos que trabalhar muito para que isso aconteça. Mas vale a pena. Eu não iria querer fazer alguma outra coisa, apenas a música. Muitas pessoas perguntam-nos se a fama nos mudou. Eu não acho que isso interfira. Se assim fosse a nossa família já tinha posto fim a isto tudo, há muito tempo. Eu vou ser sempre o mesmo. Ambicioso e preguiçoso e também um pouco egoísta. Não importa o que as outras pessoas dizem de mim. E a coisa mais importante na minha vida sempre será a minha mãe, o meu irmão Tom e a nossa banda Tokio Hotel!
Tom sobre o Tom
A amizade é muito importante para mim. Dá-me força. Na pré-escola tive o meu primeiro verdadeiro amigo. Nós sempre íamos sempre à procura de sarilhos com os mais velhos. Achávamos extremamente cool. Mesmo que fossemos mais pequenos que os outros, nós vencíamo-los sempre. Infelizmente o meu amigo mudou-se para outra cidade, foi tão triste. Nós não nos vemos desde então, mas ele era o meu melhor amigo.
O Bill e eu fomos criados como "chave" em crianças, porque os nossos pais trabalhavam Isso significa que estávamos em casa sozinhos ou com os nossos avós.
Mas quando eles não tinham tempo para nós à tarde, tivemos que ir para o "hort” (tipo ATL). Eu odiava-o. Em primeiro lugar, não me dava bem com as outras crianças, em segundo, a comida era péssima. Lá sempre houve o "Dead avó", (que é um bolo de carne com molho horrível). Em terceiro lugar, tínhamos que fazer os TPC’s lá. Quando acabávamos os TPC, éramos autorizados a sair e a jogar. Acontecia sempre algo com as meninas, quando tu jogavas "Völkerball" com elas uma vez, elas apaixonavam-se por ti. Foi aí que a cartas de amor começaram. Nas cartas dizia: “Podemos encontrarmo-nos no "tubo"? Sim, Não ou Talvez.” Era um tubo em que podíamos rastejar, todos estavam lá sempre a beijar. Depois tivemos que sair da “hort”. Eu pensei que era excelente!
Então, quando finalmente cheguei à escola, estava muito feliz! Ainda me lembro o que estava dentro da minha mochila. Não era apenas recheados com doce, lá estava o meu livro didáctico, o meu Pencilcase, marcadores e um monte de coisas. Eu estava tão feliz com essas coisas. Eu me sentia-me muito crescido nesse dia. Se eu soubesse que iria ser uma “merda” como na pré-escola, eu nunca teria ido. A partir do segundo dia, eu odiava tudo. Nós estávamos proibidos de falar uns com os outros durante a aula, mas é claro que nós não o cumpríamos. O nosso professor era completamente aborrecido. Ele não gostava de mim nem do Bill logo desde o inicio. É claro que nunca queria voltar para a escola, mas nossa mãe obrigou-nos. Fora isso com a escola, a nossa mãe não era muito rigorosa connosco. Eu sempre tive um grande vínculo com ela. Ela sempre me ajudou a mim e ao Bill quando tínhamos problemas.
Sempre pudemos tomar as nossas próprias decisões, por isso eu sei o que gosto e o que não gosto. Algo que eu adoro é o esparguete dos meus avós. A minha avó é a melhor cozinheira e faz um molho delicioso. Eu tentei cozinhá-lo da mesma maneira, mas não consigo. Acho que deve ser suas panelas especiais. Era por isso que íamos sempre para a casa da minha avó jantar depois da escola. Ela muito próximo da escola em Magdeburg. O meu avô foi o meu modelo. Para fazer com que ele gostasse ainda mais de mim, fui para o Karaté. Mas eu não gosto desse desporto. Ao inicio, pensei que ia desapontá-lo por não gostar, mas ele não se importou. Depois da 4ª classe saímos da nossa aldeia. Na cidade nova, os outros miúdos tentaram assustar-nos e “afugentar-nos” da escola porque nós tínhamos sempre cartinhas de amor. Mas eles não conseguiram… E eu continuo a receber cartar de amor…
Tradução: Raquel e Tânia
Fonte: AstúriasTH










Tânia










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